Saber que está na cama, ruim e não ter condições de fazer nada para que isso se reverta só pode acontecer em dois casos:
1) Você está preso em uma cama todo engessado
2) Você está em depressão, doente, e sem saber usar as ferramentas necessárias para sair dessa situação.
Vejamos, então, o caso de hoje. Eu estava na cama, mas não estava engessado. Então, por que não levantava? Febre na segunda noite seguida e suor, muito suor. Meu Deus, não suava assim desde minha última noite de sexo – oh saudade… Olha o FOCO!
Ok, então, febre, suor e eram 6 da manhã. Desde as três horas da matina tentando dormir. Isso deixa qualquer um com vontade de ficar na cama. Vamos, porém, levantar e tentar fazer algo. A meditação sempre me deixa bem e foi o que aconteceu. Sexta-feira, dia nacional da cerveja e… da chuva. Esse é o tipo de tempo que me deixa pra baixo. A não ser que estivesse com alguém (que não é o caso, atualmente). Com alguém ao seu lado, você conversa, faz planos, se diverte. E diversão, alegria é tudo o que preciso para acabar com essa sensação ruim de que tudo vai desmoronar.
Após a meditação, sentei no sofá que estava incrivelmente macio, quentinho, convidativo e aconchegante. Fiquei ali sentado, pensando nas coisas que iria fazer e ai os pensamentos passaram para ‘as coisas que não fiz’ e depois foram para ‘as coisas que deveria ter feito’ e ai entrei num redemoinho de pensamentos ruins. Quando percebi o problema, levantei imediatamente do sofá e voltei ao espelho.
Sorri, coloquei um samba, dancei um pouco (adoro samba no pé) e melhorei. Comecei a fazer minhas obrigações (oh palavra ruim essa) do dia. Meio dia. Chuva violenta. Luz apaga. Sem micro, sem trabalho. Vou ler. Onde? No sofá convidativo, macio, quentinho, aconchegante. Cochilei lá mesmo. Eu não sei qual é essa mágica, esse imã que o sofá tem. Alguém já sentiu isso? É como se fosse algo hipnotizador, te chamando para sentar, se deitar e deixar a vida correr. Uma voz que fica dizendo “Venha para mim que aqui todos os seus problemas serão solucionados”.
“Ah, mas estou doente. Não dormi nada. É só um pouquinho.”
Descobri qual é o meu grande problema no sofá: é a minha postura. Quando estou de astral baixo, se eu fico muito tempo e começo a querer encostar a cabeça, cochilo. Se deito ou abaixo a cabeça, acabo me encolhendo e me vitimizo. Tenho, então, que achar forças lá do fundo para sair correndo, mudar de postura e fazer de tudo para melhorar.
A luz voltou logo em seguida e dei continuidade aos afazeres. Durante o dia, o sofá olhava para mim, e eu olhava para ele. Até que fui ao quarto, peguei todas as roupas que precisava passar e joguei tudo no sofá. Pronto, agora não tem mais espaço para procrastinar no convidativo, quentinho, macio, aconchegante, fantástico, maravilhoso e confortável sofá.
Fotos: divulgação e arquivo pessoal.
RENATO S. ABREU é participante da segunda turma do PRR e vai relatar sua transformação aqui. Já trabalhou em muitos lugares diferentes – pau pra toda obra, como gosta de dizer, mas ainda não sabe qual o seu propósito. Na busca por esse propósito, entende que nada é para sempre e que mudanças devem ser feitas. A mudança atual está na tentativa de se tornar um ser humano melhor, participando do Programa Recalculando a Rota e escrevendo este diário.
"Eu sou uma buscadora, dando meus passos no universo. Tentando entender, tentando digerir a vida. Eu não quero parar até encontrar de fato tudo o que venho buscando: dar todo o meu amor!"
– Autor desconhecido
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