*Por Alana Trauczynski em 21 de março de 2016.
Essa foi a minha discussão de final de semana com alguns amigos: é possível vender com verdade?
A venda em si, o ato de vender, está na nossa cultura associado a várias coisas negativas. A gente tem preconceito contra alguém que está vendendo alguma coisa, pois parte do princípio que o único interesse real daquela pessoa é o lucro, e que ela automaticamente é uma pessoa gananciosa, mal intencionada, que quer “ferrar” você lhe vendendo algo que não precisa. Mas como isso não é absolutamente o que eu vivo, fui obrigada a defender o meu ponto de vista…
Eu acredito que SIM, é muito possível vender com verdade, e que pessoas muito bem intencionadas o fazem pois acreditam plenamente no que vendem como altamente agregador e positivo. Mas o que as diferencia é uma não-obsessão pela venda ou pelo resultado financeiro, e sim o interesse real pelo benefício daquilo que está vendendo para aquele que está comprando. É essencial para esta pessoa que o “cliente” esteja satisfeito e que o produto aja positivamente sobre sua vida. A “intenção” por trás da venda é correta e clara, transparente. Seja uma pessoa, seja uma empresa, cada vez mais temos que começar a perceber quem vende com verdade.Por que? Porque a mentira vende muito mais do que a verdade… Isso é parte nossa própria responsabilidade, porque a gente vive querendo acreditar em ilusões. As ilusões são tão gostosinhas, né? As ilusões bombam em vendas!
Eu gostaria mesmo de acreditar que posso perder 10kg em uma semana sem esforço e comendo tudo o que eu quiser…
Eu gostaria mesmo de acreditar que posso ficar milionário do nada, sem esforço e sem experiência…
Eu gostaria mesmo de acreditar que alguém pode transformar algo em minha vida sem que eu faça nada além de clicar em “comprar”.
Só que, gente… caso você ainda não saiba, não existe mudança sem esforço real de alguma espécie. Afinal, essa crença de que vender é ruim veio de algum trauma, de alguma cicatriz emocional da humanidade, certo? A gente já se ferrou muito, já foi muito ludibriado, já comprou muito gato por lebre para pensar isso. Neste caso, defino a TRANSPARÊNCIA como a qualidade do futuro. Eu desconfio de quem me oferece um caminho muito fácil e sem esforço. Eu desconfio de quem mostra só um lado de si, não fala de suas vulnerabilidades. Não acredito em quem cria uma imagem idealizada de si mesmo, que me faz acreditar que eu sou pior (a não ser que compre aquele produto!). Eu não acredito em quem não tem conversas sinceras “para não gerar provas contra si mesmo”.
As ilusões nos machucam, ilusões nos atrasam, ilusões não devem ser compradas. O quanto você terá que gastar para aprender isso?
O problema não está em vender, está em “ser vendido”: abandonar seus reais valores por uma venda ou por um resultado financeiro.
Imagens: divulgação.
Alana Trauczynski é nômade digital, autora do livro “Recalculando a rota: uma louca jornada em busca de propósito” e criadora do Programa Recalculando a rota, um curso online de autoconhecimento e mudança de mindset para pessoas que querem recalcular a rota de suas vidas para um futuro mais brilhante e fluido. Para conhecer melhor seu conteúdo, curta sua página no facebook.
"Eu sou uma buscadora, dando meus passos no universo. Tentando entender, tentando digerir a vida. Eu não quero parar até encontrar de fato tudo o que venho buscando: dar todo o meu amor!"
– Autor desconhecido
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