* Por Renata Costa em 14 de dezembro de 2016.
Sempre tive medo da solidão, admito que esse sempre foi o maior dos meus terrores. Filha única, divorciada, mãe de dois filhos homens, passei muitos anos pensando em como meu fim seria trágico: sozinha, em algum lugar por aí, esperando pelo convite de alguma amiga para um chopp ou um passeio no shopping.
Descabelada, sem maquiagem, usando aquela roupa velha, vendo TV, comendo pipoca e me entupindo de Coca Cola Zero em pleno domingo à tarde (pelo menos já inventaram o Netflix para que não tenhamos só o Domingão do Faustão como opção, não é mesmo?). Esta cena era cotidiana nos meus delírios futurísticos, acredite.
Já que a cena imaginada era inevitável – nas inúmeras vezes que meus filhos adolescentes me davam tchau para sair com os amigos – não me restou muito a fazer se não aproveitar para estar comigo mesma. E, sabe o que aconteceu? Descobri uma excelente companhia, daquelas que topa tudo e ainda ri das coisas que dão errado.
Descobri que sou capaz de cozinhar e gostar do que faço; de que posso dançar sozinha na sala da minha casa, ouvindo aquela balada nova; que posso abrir uma garrafa de vinho e beber metade dela sozinha (isso sem estar na fossa, nestes dias vai a garrafa toda); descobri que tem muita coisa boa para se ver na internet e que até algumas postagens no Facebook podem deixar a gente contente.
Descobri que dá pra aprender uma língua nova, fazer um curso de fotografia on-line, ver um documentário sobre a Índia, ler um livro sobre generosidade e amor. Também aprendi que dá para trabalhar como voluntária, escrever textos inspiradores, inventar novos projetos e vibrar com o que conseguiu criar, mesmo que minutos depois resolva deletar tudo.
E, como é bom sair sozinha, comprar sua comida e preparar para você mesma, tomar um banho sem ser interrompida, dormir, acordar e se espreguiçar até a hora que quiser. Se descobrir e amar a si mesma é libertador, apaixonante e tem um poder inigualável.
É como um “eureca” que aparece de repente e diz: “opa, você descobriu o segredo da felicidade”. Então, fica a dica: procure encontrar com você mesmo mais vezes e permita essa conversa sincera com sua essência. Mesmo com sua agenda cheia, não se esqueça de deixar um espacinho para esta pessoa tão especial, VOCÊ, do jeitinho que você é. E, quando o garçom te perguntar se está esperando mais alguém, diga em alto e bom tom: “Mais ninguém, só eu mesma. Me traz apenas um chopp.”
Imagens: Google, Google, Google
Renata Costa é carioca, publicitária, marketeira, empresária inquieta e curiosa. Desde pequena é apaixonada por empreendedorismo. Acredita que qualquer um pode explorar seus talentos, viver fazendo o que gosta e ainda ser útil para a sociedade e para o mundo. Viver com propósito, ser e fazer diferente. Defende que cada um tem luz própria e é capaz de realizar, transformar, criar e inovar, sem limite de idade, sexo ou classe social. Idealizadora e conteudista do site www.poderdeempreender.com.br, viajará ainda este ano para viver uma experiência da 4 meses no Vale do Silício/California, onde pretende se inspirar e dividir inspiração com todos ao seu redor.
"Eu sou uma buscadora, dando meus passos no universo. Tentando entender, tentando digerir a vida. Eu não quero parar até encontrar de fato tudo o que venho buscando: dar todo o meu amor!"
– Autor desconhecido
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