Recentemente, uma amiga minha acabou um relacionamento de 6 anos. Obviamente, ela ficou devastada. No Facebook, ela postou a seguinte pergunta: “Quando isso vai melhorar?”
Todos nós já estivemos nessa situação em um ponto ou outro de nossas vidas. Todos nós já tivemos que enfrentar a dor de outra pessoa decidir que não quer mais ficar com a gente. Todos nós já tivemos os nossos corações partidos, e muitos de nós têm tido essa experiência através da vida algumas (várias) vezes. O rompimento pode ser um desafio em qualquer circunstância. Mas quando a decisão é unilateral, ele é especialmente doloroso. E ainda temos que continuar a viver. Ficar melhor – ou menos pior.
Aceitar que acabou é o caminho mais curto para passar pelo processo de luto o mais rápido possível. Quanto mais cedo você conseguir aceitar que aquilo já era, mais cedo você pode começar o processo de cura. Tentar convencer a outra pessoa a voltar é, muitas vezes, uma estratégia autodestrutiva. Você acaba diminuindo ainda mais sua autoestima e criando mais dor para si mesmo. Obviamente, existem alguns casos em que você pode ser capaz de convencer a outra pessoa a dar uma nova chance ao relacionamento. Mas isso é realmente o melhor para você? Você realmente quer estar à mercê de alguém que já decidiu que não quer mais ficar com você?
Muitas vezes, quando sentimos dor, tentamos empurrá-la. Tentamos nos entorpecer e ignorar que ela está lá, machucando. Esta é realmente uma das piores respostas possíveis. Quando você empurra a dor para longe, ela acaba ficando por perto mais tempo do que deveria. Quando alguém nos rejeita, temos a tendência de chafurdar na autopiedade. Queremos saber o que há de errado com a gente. Em vez de mergulhar na autopiedade, este é “aquele” momento em que mais precisamos olhar para fora de nós mesmos e nos tratar bem. Se alguém não consegue ver a beleza em nós, então precisamos vê-la nós mesmos. O importante é nos lembrar que devemos nos tratar bem sempre, seja quando estamos perdidamente apaixonados ou quando levamos um baita pé na bunda.
Quando passamos um tempo sozinho, temos a oportunidade de ver que estamos inteiros e completos, exatamente como nós somos. Muitas vezes nós perdemos de vista quem realmente somos quando estamos em um relacionamento. Passar um tempo conosco nos mostra que somos fortes, que podemos andar com as nossas próprias pernas e que podemos desfrutar plenamente de nossa própria companhia.
Olhe para a situação como um todo. Um relacionamento é apenas um aspecto de nossas vidas. A maioria de nós tem um monte de outras coisas acontecendo – carreiras, hobbies, amigos, família. Apesar do ressentimento e da amargura causados pela rejeição, é preciso se concentrar no que é bom e no que nos faz feliz. Não importa o tamanho da dor que estamos sentindo, ainda existem dezenas de coisas pelas quais podemos – e devemos – ser gratos.
Nós todos já lidamos com corações partidos. E é provável que muitos de nós tenhamos, novamente, os nossos corações partidos no futuro. Por mais dolorosa que a experiência seja, ela faz parte de estar vivo. Superar a dor é apenas um dos nossos aprendizados nessa passagem.
Disse Vinícius de Moraes: “Porque a vida só se dá pra quem se deu, pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu. Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada. Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão. Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não….”
A resposta à pergunta da minha amiga é que a vida segue, o coração remenda, a lágrima seca, o choro cessa. E, acredite, você continua inteira.
Da próxima vez que o seu coração estiver quebrado, olhe para as portas que se abriram ao redor e coloque toda sua energia nelas, ao invés de continuar olhando, fixamente, para aquela que acabou de se fechar bem na sua cara.
Angélica Silva é uma buscadora. Eu sempre digo que o maior problema dela é ser parecida demais comigo (Alana), o que me confunde nos textos. Não sei qual é de quem! Uma mulher que se joga na vida com coragem, é autêntica, divertida e se reinventa a cada momento. Boto fé! Ela escreve também no seu blog pessoal Assim com a fênix. Confira!
"Eu sou uma buscadora, dando meus passos no universo. Tentando entender, tentando digerir a vida. Eu não quero parar até encontrar de fato tudo o que venho buscando: dar todo o meu amor!"
– Autor desconhecido
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