* Por Claudia Lebie em 26 de fevereiro de 2016.
O mundo, em geral, prega uma ideologia de pequenez, de que o comedido e comportado funciona melhor; que menos confusão é mais seguro; que quanto mais nos adaptarmos ao que já foi estabelecido, mais fácil ficará o caminho até o tal topo limitado que nos apontam como máximo!
“O Mau Estar na Civilização” foi escrito por Freud há cerca de 100 anos, eu já li algumas vezes e aquilo tudo fica ainda mais atual e gera em mim, ao mesmo tempo, angústia e força e me dá energia para eu abrir mais as minhas possibilidades para o universo, me dá certezas que eu posso experimentar outros comportamentos e decidir por mim mesma o que me engrandece e o que me fere.
Na sociedade como um todo, há uma insistência falida em negar instintos, em nomear de necessário o caminho que nos desconecta de nossa natureza mais intensa. Aprendemos cedo a negar nossos impulsos mais crus, nosso lado mais animal, a restringir nossa vida sexual e achar aceitável o que é, pateticamente, frustrante e nos impossibilita novas experiências e sensações. Com o tempo, isso tudo nos traz frustração, perturbação e comportamentos agressivos e desconectados. Sem hipocrisia, digo abertamente que não banco viver meu instinto de forma totalitária, nem é isso que estou pregando aqui, pois nem tenho conhecimento para ir tão longe nessa estrada e ainda arrisco dizer que nem Freud, nem ninguém aguentaria um mundo sem civilização alguma, sem algum tipo de repressão, limites ou controle de instintos.
O que pretendo com minha inquietação é divagar com você que está lendo isso aqui sobre a abertura de outras frentes, é lhe convidar a fazermos o caminho por trilhas onde o mato ainda não foi morto pelas pegadas da maioria, entende?
O que sufoca é a rigidez das restrições e não as restrições em si.
Afinal cada um de nós é, por si só, um pequeno universo, e não há nenhum universo igual ao seu, darling!
O que me entristece é conversar com pessoas que tem mais da metade da vida pela frente e receber delas um discurso firme e forte de fim de percurso, de aceitação da privação do prazer em nome da preservação da família, de anulação de vontades próprias em favor de um coletivo que elas nem se encaixam e que não lhes oferece felicidade genuína, é ver essas pessoas pregando conceitos com a voz trêmula por falta de confiança na voz interior, é vê-las sem coragem de expor seus corpos, seus desejos, sua libido por medo de perderem o abrigo morno debaixo do guarda-chuva furado da “sociedade-comercial- de-margarina”.
Eu não quero isso para mim! Não quero pertencer ao grupo que não consegue explorar mais suas vontades e morre a cada dia em nome de algo que nem vem de dentro. Eu sinto o tempo todo que tem algo em mim que ainda precisa brilhar mais! E é o que peço a você por aqui, olhe para dentro para checar quanto de seu brilho está enrustido, você sabe melhor que ninguém se é uma marionete desarticulada nas mãos do senso comum ou se anda com as próprias pernas, mente e coração.
Eu já me sinto vencedora por reconhecer minha insatisfação e por ter decidido acolher essa inquietação em mim. Quanto mais me desamarro, mais reconheço partes minhas que ainda estão trancadas e sem luz, e eu quero explorar o que muitos dizem para eu reprimir, eu quero correr alguns riscos e saber o que mais posso receber dessa vida. Eu é que quero resolver o que aceitar como novo sem me violentar e o que precisarei entender que não consigo lidar ou que não pertence a minha essência, mas quero assinar o meu nome na linha de autora da minha existência.
Todo dia é uma nova oportunidade para recalcular a rota e sei que a única luz que vai brilhar de verdade será aquela que eu mesma produzir, vagalume que sou!
A Claudia Lebie é vagalume da segunda turma do Programa Recalculando a Rota e hoje já está muito mais alinhada com a verdadeira essência dela! Você pode conferir o depoimento dela aqui… e se quiser ajudar os vagalumes que estão concorrendo no Concurso de Depoimentos a ganhar um ingresso para o Firefly Wonderland e ainda concorrer a bolsas para a terceira turma do programa, CLIQUE AQUI! É só votar e compartilhar o seu voto! O curso introdutório gratuito começa dia 29/02. Para receber os vídeos,CLIQUE AQUI!
[youtube]https://youtu.be/OjTmyDtxn5o[/youtube]Imagens: ‘J’ via Visual Hunt / CC BY-NC , Visual Hunt, Recalculando a Rota
Claudia Lebie: empolgada por natureza, mestre em educação por formação, life coach por vocação, escritora pelo desafio, palestrante por necessidade de expressão, fotógrafa por persistência, estudiosa do desenvolvimento pessoal por puro amor! Adora arte, francês, cachorro, sol, filosofia, chocolate, roupa colorida, causas autênticas e gente empenhada. É idealizadora do projeto Da Boca pra Dentro e quer viver cada vez mais com vento nos cabelos, frio bom na barriga e mãos dadas pelo mundo!
"Eu sou uma buscadora, dando meus passos no universo. Tentando entender, tentando digerir a vida. Eu não quero parar até encontrar de fato tudo o que venho buscando: dar todo o meu amor!"
– Autor desconhecido
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