O que outrora fora a morada do saber, hoje não passa de uma repartição pública onde “mestres” burocratas (com poucas exceções de espíritos realmente comprometidos com o saber) penduram seus paletós e saem para um café (leia-se, aulas mortalmente enfadonhas e desinteressantes), formando atrás de si séquitos de alunos obsequiosos, ávidos por um dia ocuparem o mesmo trono, respaldados em seus sonhos de intelectualidade pela segurança de um cargo público e o respectivo reconhecimento em publicações científicas e matérias de jornal. Com certeza é o que também ansiavam Heráclito, Sócrates, Pitágoras e Parmênides em seus devaneios, obviamente…
Ainda mais assombrosa é a recepção, calorosa como um frigobar, de muitos professores às tentativas ingênuas daqueles estudantes que acreditam na produção conjunta do conhecimento a partir da livre reflexão, do diálogo em sala de aula, da discussão pacífica e curiosa que intenta desbravar o mundo das idéias; estes são invariavelmente frustrados pelo respeito quase religioso às ementas e programas engessados presos a uma cadeia de repetição patológica, representados pelos seus sacerdotes doutores que, de imediato, inibem qualquer ensaio de pensamento para além da letra morta da sagrada escritura.Será que foi para isso que Galileu colocou sua própria vida em jogo, para que aqueles por quem arriscou sua existência (a ciência, o saber) viessem mais tarde reproduzir a mesma conduta daqueles que antes os perseguiam e condenavam?
"Eu sou uma buscadora, dando meus passos no universo. Tentando entender, tentando digerir a vida. Eu não quero parar até encontrar de fato tudo o que venho buscando: dar todo o meu amor!"
– Autor desconhecido
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