* Por Alana Trauczynski em 22 de outubro de 2016
Sempre que a gente começa um novo tititi ou relacionamento, a gente se conta uma historinha com essa pessoa que vai até o fim de nossos dias… Se imagina fazendo viagens, casando, possivelmente tendo filhos, jantando naquele restaurante romântico nas bodas de 50 anos, ficando velhinho juntos…
A gente projeta todo o nosso sonho de relacionamento naquela pessoa… E aí de alguma forma tudo o que ela faz, a gente encaixa de alguma forma nesse sonho. Mesmo que comece a não ter muito a ver com o sonho e até se tornar uma visão meio pesadelo da coisa, a gente ainda faz um esforço sobre-humano para não enxergar a realidade, para não perceber que aquele ser humano está nos dando todos os sinais possíveis de que não é o personagem imaginado… Mas a gente costuma ignorar todos os sinais e continuar criando algumas versões diferentes do original, que tentamos a todo custo manter no mínimo próximas da primeira versão.
E aí algo acontece. Você acorda de manhã, olha pro lado e diz:
O fato é que este cara pode ter sido sempre o mesmo cara, mas a sua mente fez uma criação, uma versão bem mais linda dele… E quando os véus da ilusão se vão, quando a doença febril da paixão dá uma amenizada, fica a verdade nua e crua ali, na sua frente. E você nem sabe mais o que fazer com aquele estranho na sua cama.
Nós não nos apaixonamos de fato pela pessoa, nós nos apaixonamos pelas histórias… Que muitas vezes são recriações da nossa infância, coisas que nos faltaram, coisas que desejamos… Mas a única verdade é a realidade. Um dia ela te convida pra jantar.
Você pode criar novas histórias ou começar a perceber os sinais com mais antecedência… Só falta desta vez confiar na sua intuição. O lado bom disso é que o ser amado é, na verdade, uma criação nossa e, portanto, parte do nosso ser. Atente-se para o lindo amor que existe aí dentro de você… É senti-lo que vai fazer você atrair um personagem mais próximo do sonho, ou aquele cara foda que chacoalha toda essa ilusão.
Nunca amamos ninguém. Amamos, tão somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso – em suma, é a nós mesmos – que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor.” ― Fernando Pessoa
Imagens: Google, VisualHunt , Google, Google
Alana Trauczynski é nômade digital, autora do livro “Recalculando a rota: uma louca jornada em busca de propósito” e criadora do Programa Recalculando a rota, um curso online de autoconhecimento e mudança de mindset para pessoas que querem recalcular a rota de suas vidas para um futuro mais brilhante e fluido. Para conhecer melhor seu conteúdo, curta sua página no facebook.
"Eu sou uma buscadora, dando meus passos no universo. Tentando entender, tentando digerir a vida. Eu não quero parar até encontrar de fato tudo o que venho buscando: dar todo o meu amor!"
– Autor desconhecido
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