Eu não sei se sou eu, ou se somos todos, mas tudo hoje me parece tão superficial, quando todos sabem que o que é intenso tem tão mais razão de ser. Por quê? É falta de paciência? De fé? De tempo? Ou de discernimento? Não sei. E assim prefiro que seja, afinal, algumas perguntas não foram feitas para que sejam respondidas, porque resposta pronta é amenidade e, na boa, para amenidades eu já tenho TV em casa.
Pra mim, melhor que ter uma resposta para dar, é ter uma experiência para compartilhar, e foi pensando nisso que vim parar nessa “pira” do autoconhecimento. Eu precisava ver o mundo com outros olhos, e esse era meu objetivo e minha missão.
Desde que o mergulho começou, me encantei com os corais coloridos que eu enxergava dentro de mim, e que eram invisíveis quando eu estava ocupada demais olhando pra fora. Muita coisa foi mudando, só por saber ajustar a toada de levar a vida, essa nova perspectiva brilhante de quem tá afim demais de emitir luz própria, de ser vagalume!
E nesse mergulho, tive o prazer de me deparar com um final de semana dedicado à união de várioooos vagalumes. Um final de semana com aqueles que, assim como eu, querem emanar essa luz, e outros tantos que já brilham deliberadamente. Isso se tratava de um evento, cujo nome já me arrebatou de primeira: FIREFLY WONDERLAND! Puuuutz…. Firefly é o que quero ser, wonderland onde quero viver. Qual a chance de não participar? NENHUMA né?! Oras…
E lá estava eu, passando meu sábado e meu domingo, rodeada de gente iluminada e aprendendo uma nova maneira de olhar o mundo com cada palestrante.
Primeiro, chega uma ilusionista, que brincava com a vulnerabilidade da nossa visão. Depois 2 caras fodas falando sobre o que toca nosso coração e nos arrepia, através da percussão! Tambores, pulso, vibração, energia, liberdade! PUTZ! Criatividade gritando, e teve empreendedora mostrando o quanto a criatividade é prioridade. Teve aula de escrita e conteúdo cujo foco era em saber interpretar, sentir e passar sua essência e sua emoção. Teve médicos falando do poder de transformação da mente e do quanto não podemos esquecer o divino de dentro de nós, afinal, qual o sentido de todo esse cosmo maravilhoso se formos só um monte de pele e carne? Teve artista dizendo que fazer sentido não é sobre senso, é sobre sentir. Teve o conforto e o “sossega leão” da constatação de que é preciso que esse mundo se destrua para que um novo possa emergir, e é por isso e para isso que estamos aqui. Teve coaches nos “obrigando” a buscar em nosso ser mais profundo o que é a experiência de liberdade e a expressão da nossa grandeza, e a olhar por alguns minutos dentro dos olhos de outra pessoa, num mergulho de emoção sem fim quando você percebe o porquê de dizerem que os olhos são a janela da alma… e foi assim que meu objetivo mudou.
Eu percebi o quanto estava errada em acreditar que o autoconhecimento me ensinaria a ver o mundo com outros olhos… eu teria que aprender a ver o mundo era com outros ÓRGÃOS mesmo! Se os olhos são a janela da alma, eles são apenas a porta de entrada. Os órgãos dos sentidos são nossos elos de contato do mundo afora com o que há aqui dentro, mas se não soubermos transcendê-los, criaremos muito contato e pouca conexão. O que seria do mais belo horizonte que meus olhos podem ver, se minha mente não puder captar toda a energia e a grandeza desse mar?
Muitas mudanças de paradigma e um turbilhão de sentimentos. Tantas coisas em que eu acreditava, e vi a chama se apagar e acender em outro lugar. E outras, que vi com maus olhos, e seus desdobramentos se revelaram tão incríveis! Medo, ansiedade, receio, alegria, surpresa, dor, saudade, amor, emoção, amizade, união, parceria, dificuldade, explosão, liberdade, calmaria. Chorei, sorri, me controlei, falei, ouvi, encarei, agi, acreditei, ousei, temi.
Alguém tem coragem ainda de dizer que foi “só um fim de semana”? Não. O fim de semana foi o ponto de contato, pra uma conexão que agora vou levar pra vida, afinal, foi nele em que eu aprendi que o melhor da vida não são as temporadas de sol a pino, mas aquelas que provam que você pode encarar qualquer mar revolto, pois viver é manter-se em movimento. Ninguém consegue mais ascender à superficialidade quando a profundidade desprende suas amarras e você tem, então, a chance de escolher de que mais quer viver.
Eu seria a última pessoa no mundo a menosprezar o valor das palavras, das imagens e do contato, mas ainda assim, não deixo, agora, de dar maior valor àquilo que só precisa pulsar dentro de nós para se tornar uma verdade absoluta. Um viva à sensibilidade e à pureza, que com sua simplicidade, valorizam as diversas formas de expressão de cada um de nós.
O grande trunfo está em realizar-se naquilo que é imensurável e inexplicável. Seja triste ou feliz, pareça certo ou errado, quem se importa? Seja sim ou seja não, a única escolha que eu faço agora é por sentir. Sentir livremente, seja lá o que for, junto ou separado, em um fim de semana compartilhado ou só, tomando meu café, acompanhada apenas por belas notas e acordes imaginários que, assim como eu e aquilo que trago no peito, podem ser tão dúbios e distintos quanto quiserem ser. Podem trazer um alegre ritmo ensolarado, ou um lindo folk do mais chuvoso. Podem sorrir para mim, ou me lembrar de que tudo nem sempre vai tão bem assim.
Seja como for, pelo sim ou pelo não, aprendi a VER, com olhos, ouvidos, mente e coração, levando qualquer que seja o dia, como uma bela levada de acordeão.
Sou GRATA!
Você assistir ao vídeo do evento aqui:
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=Q7pRWjBN5Ew[/youtube]Entusiasta da vida e das conexões que nela podem ser criadas e incentivadas. Acredita piamente numa nova consciência como caminho e na sustentabilidade como resposta. Curiosa da astronomia, porque sabe que o céu não é limite, é infinidade. Apaixonada por música, leitura, arte, comportamento e cultura. Publicitária por formação, redatora por hobbie. Alguém em busca de propósito, a fim de fazer deste mundo, um lugar mais legal para se viver!
"Eu sou uma buscadora, dando meus passos no universo. Tentando entender, tentando digerir a vida. Eu não quero parar até encontrar de fato tudo o que venho buscando: dar todo o meu amor!"
– Autor desconhecido
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