* Por Angélica Nedog em 08 de fevereiro de 2016.
A maioria das pessoas tem uma sensação maravilhosa de fechamento com o fim de dezembro. O trabalho dá uma diminuída, a família pipoca de todos os cantos para se reunir e noites inteiras acordadas se tornam rotina – mesmo que por um curto período de tempo. Para elas, dezembro é o mês do ‘coma tudo o que puder’ sem culpa e sem desculpa, mas essa orgia alimentar é rapidamente lembrada nos primeiros dias de janeiro, quando nos damos conta de que as roupas, de repente, ‘encolheram’. Mesmo assim, não há como negar que, para muitos, dezembro é um mês mágico, renovador, transformador.
Para mim, no entanto, essa sensação mágica acontece um pouco depois, precisamente no final de janeiro, justamente porque depois de toda esse bundalelê de festas, resoluções e convicções, voltamos ao nosso estado normal da mente, mais conscientes e menos crédulos de que o ano que se inicia será muito melhor. Ok, não me entenda errado aqui. Nada impede que o ano seja melhor, a não ser você. Acontece que o ano são dias no calendário, números em celulares, rabiscos em post-its. Quem faz o ano ser inesquecível (no bom ou no mal sentido) é você, meu caro.
Temos muito entusiasmo em olhar para a frente, mas não devemos nos esquecer de olhar para trás, processarmos o que aprendemos e sermos gratos por mais um ano que se passou – e por outro novinho em folha bem na nossa frente.
Queremos um ano ótimo, cheio de realizações e sonhos alcançados, mas para que esses desejos se tornem realidade, que tal perguntar a si mesmo que escolhas você está fazendo este ano que te levarão para onde você quer ir? Pense sobre as escolhas boas e más. Quem, depois de todos estes anos, ainda se destaca como um bom amigo, um grande mentor ou um parceiro de confiança? Quem desapareceu da sua vida? O que você prometeu a si mesmo que ainda não cumpriu? O que você anda fazendo que te deixa extremamente feliz? E infeliz? Este não é o momento para uma viagem de culpa mas, honestamente, avaliar as nossas próprias forças e fraquezas é a única maneira de encontrar uma plataforma firme e avançar a partir dela.
As resoluções de Ano Novo são famosas por sua alta taxa de falha. Sabemos que quando determinamos o que queremos fazer em um pedaço de papel, como ir mais vezes à academia (ou começar a frequentar uma), alimentar-se de forma mais saudável e economizar dinheiro, é bem provável que em um mês já tenhamos pisado na jaca em alguma dessas empreitadas. Isso acontece porque colocamos muita pressão nos objetivos e sobrecarregamos nossa agenda com compromissos e promessas difíceis de serem cumpridas. Até mesmo uma mudança positiva pode ser desconfortável, porque faz com que tenhamos que sair da zona de conforto.
E então vem a pergunta: como estão suas resoluções de ano novo AGORA, passados todos os burburinhos do final do ano? Não importa se você fez uma lista ou se tem tudo registrado na mente, o que importa é se seus objetivos estão alinhados com suas ações.
Gratidão é algo que você pode colocar na lista todos os anos, todos os dias, pelo resto da sua vida. Mesmo que você não tenha uma lista, pinte a palavra GRATIDÃO na parede do seu quarto, guarde uma foto com alguém que você gosta na carteira, com a palavra escrita atrás, cole um adesivo no seu carro, salve como papel de parede do seu computador, enfim, não se esqueça de ser grato. Sempre. Você tem um papel muito importante no mundo. Você tem tempo para doar a alguém que precise de um amigo? Alguém precisa de uma carona para o aeroporto? Tem algum amigo vindo para a sua cidade e não tem onde se hospedar? Você pode acomodá-lo em sua casa? Que talento você pode dividir com os outros? Existe alguma arte que você possa compartilhar com o mundo? Existem palavras borbulhando dentro de você que poderiam trazer algum alívio ou insight? A vida não é apenas o que extraímos dela, é também o que escolhemos dar de presente.
É muito provável que o ano velho não tenha terminado como você imaginou que terminaria quando ele começou. Como se costuma dizer, a vida é previsivelmente imprevisível. Com isto em mente, procure abordar o ano que começou com o coração radiante e a mente aberta, animado com as novidades que virão, pronto para assumir os novos desafios, oportunidades e aventuras que ele inevitavelmente trará. O ano novo começa no exato momento em que decidimos mudar, fazer diferente, agir. E isso não tem nada a ver com as datas no calendário. Conhecer novos lugares, ver os lugares conhecidos com outros olhos, caminhar, falar com estranhos, mudar o trajeto, começar um curso. Faça deste ano o melhor da sua vida. E faça exatamente o mesmo com todos os próximos que virão.
Imagens: reprodução.
Angélica Silva é uma buscadora. Eu sempre digo que o maior problema dela é ser parecida demais comigo (Alana), o que me confunde nos textos. Não sei qual é de quem! Uma mulher que se joga na vida com coragem, é autêntica, divertida e se reinventa a cada momento. Boto fé! Ela escreve também no seu blog pessoal Assim com a fênix. Confira!
"Eu sou uma buscadora, dando meus passos no universo. Tentando entender, tentando digerir a vida. Eu não quero parar até encontrar de fato tudo o que venho buscando: dar todo o meu amor!"
– Autor desconhecido
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