É um marco psíquico, acima de tudo.
Caracteriza-se por um momento de libertação de todos os intermediários que até agora fizeram a ponte entre nós, indivíduos, e os mitos que sustentaram nossa realidade.
Políticos, grande mídia, sacerdotes, chicos, caetanos e tal, todos têm nos tempos atuais a oficialização de seus atestados de óbito. A sociedade que emergirá do agora não precisará mais deles para decidir o que é melhor para a comunidade, porque, afinal, só quem é da comunidade sabe o que é melhor pra ela.
Não precisaremos mais de políticos e instituições hierárquicas cinzentas decidindo os rumos da vida diária da comunidade; seus próprios membros, no seu dia-a-dia, decidirão de forma orgânica e direta, nas relações cara-a-cara, olhando no olho, o que devem fazer para o bem comum.
Não precisaremos mais de monsantos e walmarts determinando o que devemos colocar pra dentro dos nossos corpos, pois cada comunidade cuidará de produzir o seu próprio alimento, buscando por meio da troca direta, justa e fraterna com outras comunidades aquilo que não lhes for possível produzir por conta própria.
Não precisaremos mais de conselhos de medicina e indústrias farmacêuticas invadindo e violentando nossos corpos, pois no seio das próprias comunidades já temos terapeutas de todas as formas e médicos dotados de uma visão mais humana, dispostos a cuidarem uns dos outros e de todos que precisarem.
Não precisaremos mais de Globos e FMs envenenando nossos sentidos com narrativas lineares, pobres e repetitivas. Os membros das comunidades produzirão livre e espontaneamente suas próprias canções, sons, narrativas e palavras de todas as cores, de modo a alimentar a vida espiritual da comunidade, trocando também com as demais em festivais autogeridos, horizontais e para todos.
E toda essa grande rede orgânica de seres viventes pensantes e pulsantes viverá lado a lado com uma alta tecnologia, beneficiando-se da internet e de toda sorte de tecnologias limpas para promover o verdadeiro contato entre as pessoas e redesenhar a sociedade em todos os seus matizes. O orgânico e o hi-tech convergem numa síntese harmônica, superando a dualidade.
Eu estou aí e sempre e com tudo é para aqueles que também carregam esse sonho no olhar, para os loucos, os santos, os poetas, os marginais, os viados, os drogados, as putas e os degenerados. Enfim, para todos aqueles que vivem renegados por uma sociedade erigida a partir da negação da Vida, e da diversidade que enriquece a experiência de estar vivo.
"Eu sou uma buscadora, dando meus passos no universo. Tentando entender, tentando digerir a vida. Eu não quero parar até encontrar de fato tudo o que venho buscando: dar todo o meu amor!"
– Autor desconhecido
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