Primeiro gostaria de dizer o respeito que tenho por todos os medos de todas as pessoas. Muitas pessoas compartilharam comigo o que as faz ter medo e me coloco no lugar de cada um e de cada medo. Respeito inclusive quem diz que não tem medo e quem duvida se tem. Não era minha intenção discorrer sobre os medos “leves” se é que podemos chamá-los assim, aqueles que inclusive nos ajudam a nos preservarmos. E tampouco discorrer sobre os medos “intensos” como Síndrome do Pânico e ansiedades graves, os que nos adoecem muitas vezes gravemente.
O que mais me chama atenção são os medos que nos acompanham no dia a dia e no que eles podem nos ajudar ou não. Acho que nossos medos são uma grande oportunidade de nos conhecermos mais de nos ajudar a enfrentar grandes desafios em nossa vida.
Li muitas definições e coisas lindas surgiram. Muitas coisas em comum entre a Filosofia, Psicologia, Espiritismo, Budismo, Cristianismo, Cabala, etc.. Sabe o que vi em comum? Que o conhecimento diminui o nosso medo. Quanto mais informação temos de determinada coisa, diminuímos o medo em relação a essa coisa. Outra coisa em comum entre muitos ensinamentos é que quando nos sentimos verdadeiramente parte do todo, uno com o universo, nossos medos diminuem.
Passamos a ver nossa vida com mais simplicidade e no aqui e agora. Os fantasmas do passado e as dúvidas em relação ao futuro vão diminuindo na medida em que vivemos no presente. Uma pergunta que gosto muito de me fazer é: existe problema real para eu sentir esse medo? Nesse exato momento está acontecendo algo que me dê a sensação real de medo? Na maioria das vezes não está acontecendo nada no momento presente, é simplesmente minha mente imputando alguma situação irreal.
Por outro lado, para nos conhecermos, o melhor caminho é a aceitação e não a negação do que sentimos. Fingir que não se sente ou falar coisas positivas não vai aliviar a sua mente criativa de fazer você pensar que pode acontecer algo de repente. Portanto, olhar para o nosso medo como nosso aliado já é meio caminho andado para nos livrarmos dele. Observando nosso pensamento em relação ao nosso medo podemos entender o que de fato é real ou o que estamos criando sem fundamento.
Vou dar um exemplo pessoal que acredito ser muito comum. Assim que sai da minha última empresa e fui estudar e fazer um período sabático, senti um pouco de medo em relação ao meu futuro. As vezes me passava pela cabeça pensamentos como: “será que vou achar o que quero?”, “ Será que vou encontrar algo que realmente me faça feliz no trabalho?”, “ E se eu não conseguir monetizar com minha nova atividade”? Eram esses e vários outros pensamentos que me amedrontavam.
Então, passei a olhar para esses medos e perguntar? O que de fato estava acontecendo no meu momento presente para que eu sentisse esses medos? NADA.
Eu estava simplesmente criando ou lidando com crenças que me paralisavam. Percebi que na realidade nada estava acontecendo que desses sinais de que alguma coisa daria errado. Muito pelo contrário. Estava fazendo novos contatos, estudando assuntos que amava e já criando projetos que me levariam a ganhar dinheiro.
Portanto, aceitar meus medos e enfrentá-los com as perguntas certas fez com eles desaparecessem.
Pode até ser que outros voltem ou que minha mente crie novos, mas sei que posso encará-los e torna-los aliados para construir ações novas na minha vida. É como se criássemos pensamentos, ações, frases, meditações, que são como antídotos para os medos. Isso só é possível com conhecimento e consciência.
Que tal agora escolhermos algum medo e criar um antidoto? Eu perguntei para alguns sobre que medo sente e agora eu pergunto, vamos encará-lo e criar um antidoto para ele? Vamos começar a treinar nossa mente a viver intensamente no presente? O lugar onde somos e estamos de verdade na vida, no mundo.
Cláudia Vaciloto é psicóloga e depois de 24 anos no mundo corporativo foi sabaticar e resgatar suas paixões. Viajou pela Califórnia, fez vários cursos, reviveu um lado artístico forte e com isso retomou as experimentações. No momento pinta e escreve. Adora conectar pessoas e ideias. Curiosa por vocação e não se assuste se ela mudar de assunto o tempo todo.
"Eu sou uma buscadora, dando meus passos no universo. Tentando entender, tentando digerir a vida. Eu não quero parar até encontrar de fato tudo o que venho buscando: dar todo o meu amor!"
– Autor desconhecido
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