“Quando ela se transformou em uma borboleta, as lagartas não falaram de sua beleza, mas de sua esquisitice. Elas queriam que ela voltasse para o que sempre tinha sido. Mas ela tinha asas. “- Dean Jackson
Não foi fácil atravessar o ensino médio e o colegial ilesa. As aulas não eram o problema, nem mesmo os professores. A parte mais difícil dessa época na escola foi tentar navegar entre as panelinhas sociais e fazer qualquer coisa possível para que, em hipótese alguma, o rótulo trágico de ser “estranha” desabasse sobre a minha cabeça. Eu fiz o meu melhor para parecer como todos os outros, e todos os outros fizeram o seu melhor para se parecerem comigo. Estávamos todos escondidos uns dos outros – e uns com os outros.
Ser inseguro na escola é compreensível. Todo mundo está crescendo, se descobrindo e tentando mapear suas coordenadas em relação ao espectro das relações sociais. Os estudantes do ensino médio estão autorizados a terem medo até da própria sombra. Tudo é motivo de piada e é bem provável que todos tenham sua vez como protagonistas. Ok, uns bem mais do que outros. Mas depois do colegial, na transição para o mundo dos adultos, essa necessidade de aprovação não deveria ir embora? Os meus anos de ensino médio já ficaram para trás há muito tempo, mas para todos os lugares em que eu me viro, lá está a pressão social para estar de acordo com as normas e as expectativas dos outros. Sim, os adultos também têm medo de parecerem estranhos.
A verdade é que todo mundo é diferente. Isso deve ser comemorado, não escondido.
Permitir-se ser estranho é bom porque significa que você parou de julgar a si mesmo. E quando você para de julgar a si mesmo, você para de julgar os outros.
Mas o mais importante é não ter medo de ser diferente. Não há problema em ser estranho, mesmo porque não existe o que as pessoas chamam de normal. Todo mundo é estranho e, portanto, ninguém é estranho. As personalidades têm uma variedade incrível de cores e texturas. Algumas pessoas são barulhentas, outras são silenciosas; algumas são criativas, outras analíticas. Não existe jeito “certo” ou “errado” de ser.
Não existe normal, apenas natural. O que é natural para mim pode não ser natural para você e vice-versa. Ninguém vai se lembrar das coisas que você fez e que todos os outros também fazem, mas eles vão se lembrar das coisas que só você pode fazer. As pessoas estão com fome de autenticidade e realismo. Sua estranheza está em alta, porque ela é real. Nós todos queremos ser reais, mas temos medo de ser o primeiro, assim como na chamada oral da escola, na aula daquela professora rabugenta de literatura.
Quando nos expressamos livremente nos sentimos melhor. É claro que sempre haverá pessoas que não entendem ou não gostam das nossas diferenças, e isso faz parte. Mas quando escondemos nossas características únicas e resistimos às nossas estranhezas naturais, nossa personalidade se torna escura. Não existe verdade. Sua estranheza é parte de você. Não existe problema algum em deixá-la sair.
Muitas pessoas seguem multidões porque não querem ficar sozinhas, mas ficar de fora não faz de você uma pessoa solitária. Quando você escapa da multidão, acaba encontrando outras pessoas como você. Esta é a sua tribo. A maioria das pessoas nunca encontra a sua tribo, porque elas têm medo de deixar ir o que é conhecido, seguro. Mas quando você abraça sua estranheza e luta por aquilo em que acredita, você encontra aqueles que já estão lá pelo mesmo motivo e acaba servindo de inspiração para aqueles que estão por vir.
Ninguém olha para trás na vida e pensa: “Eu gostaria de ter tentado mais ser como todo mundo.” Mas se você passar a vida tentando ser como os outros, em vez de ser a melhor versão de si mesmo, é provável que você olhe para trás com arrependimento e pense: “Eu gostaria de ter vivido sem pedir permissão para ser eu mesmo, sem medo de ser julgado ou mal interpretado.”
Quando você assume suas estranhezas e se apropria delas como seu ponto forte, ninguém pode julgá-lo. A escolha é sua. Você prefere mudar seu foco para ajustar o mundo à sua volta, ou mudar o mundo ao seu redor com o poder do seu foco?
No final, viver a sua verdade é tudo o que importa.
Angélica Silva é uma buscadora. Eu sempre digo que o maior problema dela é ser parecida demais comigo (Alana), o que me confunde nos textos. Não sei qual é de quem! Uma mulher que se joga na vida com coragem, é autêntica, divertida e se reinventa a cada momento. Boto fé! Ela escreve também no seu blog pessoal Assim com a fênix. Confira!
"Eu sou uma buscadora, dando meus passos no universo. Tentando entender, tentando digerir a vida. Eu não quero parar até encontrar de fato tudo o que venho buscando: dar todo o meu amor!"
– Autor desconhecido
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1 comentário. Deixe novo
Adorei seu blog . Os artigos são ótimos . As reflexões muito bacanas…parabéns!