Dia de alegria, dia de comemoração (mas nem tanto, né?).
Fiz, no dia anterior, uma lista de objetivos para desenvolver no dia de hoje para evitar a procrastinação. Nada tão difícil que não pudesse fazer, mas nada tão fácil que me sobrasse hora para não fazer nada. Preciso terminar algumas coisas, então, mãos à obra.
Durante o dia, seguindo o roteiro da lista de tarefas, consegui desenvolver meus trabalhos, usufruindo de algumas pequenas pausas para descansar, tomar água, ir ao banheiro, enfim, nada que me tirasse o foco ou, quando via que estava indo para o caminho errado, voltava a fazer o serviço correto. Parabéns para mim. Como recompensa, vou fazer o almoço (arroz e frango cozido. Aaahhh estava muito bom).
Reiniciando os trabalhos da parte da tarde e até às 15h50min tudo tranquilo, até que… ligação. Um amigo me liga e minha cabeça fica pegando fogo com tanta informação fantástica. Comecei a pesquisar outras coisas na internet, a ler, a comparar, a querer procurar por… Opa. Que isso? Pera lá.
Perdi meu foco, não cumpri a lista. Ahh meu Deus, apenas uma ligação e tudo mudou. Novas possibilidades. Será que não consigo fazer nada direito? Que que tá havendo?
Eis que noto alguém ao meu lado. É ele. Sim. Meu Eu Observador.
Meu eu observador olhando pra mim. E eu olhando para ele. Ele olhando pra mim…
Não aguentei. Perguntei:
“O que foi?” – meu Deus, quase gritei.
E ele, abrindo os braços como se defendendo – “Não tô fazendo nada. Só olhando”.
“Qual é” – disse eu “Vai me dizer que não executei bem as tarefas? Que procrastinei? Que me sabotei?”
“Quem tá dizendo é você. Só tô olhando” – diz ele.
Me rendi. Precisava mesmo dele.
“Tá bom. Vai lá, desembucha. O que você viu?”
”Que você estava indo bem, até começar a se perder… ai se achou. Viu que estava mudando o foco e voltou ao seu objetivo. Parabéns.”
Estranho, achei que ele fosse ficar bravo comigo.
“Hummm… então não tá me julgando?”
“Não. Só observando. Eu só observo. Se eu começar a julgar, na verdade não serei eu, mas você tentando justificar seus próprios erros. Não seja tão duro com você. O processo para você se tornar melhor está sendo lento, mas está ocorrendo. Sei que você é imediatista, mas calma. Dê-se tempo para as coisas acontecerem.”
“Quer dizer que estou no caminho certo? Traçando minha rota correta?” – disse eu sorrindo de alegria.
“Isso mesmo. Como você mesmo se permitiu, um dia de cada vez. É realmente difícil superar algumas crenças de uma hora para outra. Não foi 100% hoje? Não tem problema. Mas você se esforçou e conseguiu muita coisa. Quebrou algumas barreiras, lutou para que conseguisse. Novamente tenho que te dar os parabéns.”
Abri um sorriso, e eu sumi, digo, ele sumiu. Realmente é um dia para se comemorar e agradecer. Consegui aplicar as ferramentas, consegui executar alguns objetivos e o fato de não ter completado tudo é devido a uma nova e feliz possibilidade. É o universo agindo. Gratidão, então, ao universo, ao Deus que cada um tem dentro de si. Gratidão pelos amigos (aqueles que, mesmo na distância, ainda estão se lembrando de você). Gratidão pelo meu Eu Observador.
E aqui estou eu, de bem com meu EU.
RENATO S. ABREU é participante da segunda turma do PRR e vai relatar sua transformação aqui. Já trabalhou em muitos lugares diferentes – pau pra toda obra, como gosta de dizer, mas ainda não sabe qual o seu propósito. Na busca por esse propósito, entende que nada é para sempre e que mudanças devem ser feitas. A mudança atual está na tentativa de se tornar um ser humano melhor, participando do Programa Recalculando a Rota e escrevendo este diário.
"Eu sou uma buscadora, dando meus passos no universo. Tentando entender, tentando digerir a vida. Eu não quero parar até encontrar de fato tudo o que venho buscando: dar todo o meu amor!"
– Autor desconhecido
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