*Por Aline Xavier em 06 de fevereiro de 2016.
Sem sonhos, a vida perde completamente o propósito. Percebi que havia algo muito errado comigo – que precisava ser trabalhado com extrema urgência – quando me vi acomodada. Na vida amorosa, profissional, financeira. Insatisfeita com o que tinha até então e com quem era, mas incapaz de vislumbrar um cenário promissor: uma vida mais doce, leve, recheada de momentos prazerosos e ricos em significado. E não menos importante, porque estava sem força alguma para promover mínimas mudanças, que certamente trariam um retorno positivo e imediato pra mim.
Uma pessoa que não sonha se torna impermeável ao mundo. Deixa de absorver amor e permite que várias oportunidades incríveis passem batidas por ela – pois perde a expertise para identificá-las. Vai ficando dura e insensível a cada decepção, ao invés de extrair o máximo de aprendizado daquilo que não deu tão certo como era esperado. Aos poucos, torna-se inacessível – para os outros e para si mesma – o que é ainda pior. Simplesmente passa pela vida, utilizando os caminhos mais intransitáveis e engarrafados possíveis, em vez de estabelecer uma rota própria e mais eficiente.
Deixamos de sonhar quando nos distanciamos do nosso verdadeiro eu. Quando permitimos que a frustração apague um pouquinho do nosso brilho, e aos poucos, a nossa vontade de viver intensamente e o potencial criativo que todos temos se esvai. A partir do momento que nos conformamos com a nossa condição e acreditamos não valer a pena fazer muita coisa pra mudar, afinal dá trabalho pra caramba. Quando internalizamos todas as crenças destrutivas que a sociedade tenta colocar, a qualquer custo, na nossa cabeça, com o objetivo de nos transformar em peças padronizadas e incapazes de pensar. E principalmente, quando viramos procrastinadores crônicos. Esse é literalmente o fundo do poço. O momento de virar o jogo ou de ser derrotado por ele.
Para recuperar o brilho nos olhos, a ambição pela vida e a habilidade de sonhar cada vez mais e melhor é preciso estar amplamente conectados com quem somos. É um processo que passa pelo desenvolvimento ou ampliação da espiritualidade – independentemente de religiões – e pela autoestima. É bom que ela esteja turbinada. É imprescindível amar quem a gente é, mesmo que seja evidente a vontade de mudar. Só obtemos essa conexão quando nos aceitamos profundamente, com nossos defeitos e virtudes que nos tornam únicos. E a partir daí, traçamos metas pessoais eficazes para alcançar os próximos degraus que desejamos. Em qualquer área da vida.
Imagens: Lel4nd via VisualHunt / CC BY , Moyan_Brenn via VisualHunt.com / CC BY
Ex-concurseira olímpica, amante da escrita e fascinada por relações humanas. Psicóloga para os amigos, não sabe o que fazer com a própria vida. Apaixonada por pessoas consideradas ovelhas negras, com as quais comumente se identifica. Atualmente funcionária pública, está na jornada em busca do seu propósito. Escreve sobre um pouco de tudo em alinexavier.me, no blog Superela e em facebook.com/alineandxavier.
"Eu sou uma buscadora, dando meus passos no universo. Tentando entender, tentando digerir a vida. Eu não quero parar até encontrar de fato tudo o que venho buscando: dar todo o meu amor!"
– Autor desconhecido
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