* Por Bárbara Blotta em 04 de julho de 2016
O quanto nós estamos abertos para viver novas experiências? Eu confesso que sou uma pessoa um tanto quanto difícil para me abrir a novos convites, depende sempre da pessoa que me convida, do meu humor no dia, da lua da vez, da harmonia dos astros e etc… Mas já percebi também que isso vai muito do esforço que fazemos conscientemente, ou seja, do quanto nós estamos de fato co-criando a nossa vida. Reparei que comigo o que acontece é basicamente o seguinte: se eu não tenho vontade suficiente de fazer determinada coisa, isso significa que esta atividade não será boa, ou ainda, que é um “sinal” de que eu não devo fazê-la agora.
Quantas e quantas vezes podemos confundir nossos sentimentos sabotadores como “sinais do universo”? (Eu, particularmente, ainda confundo!). Porque oras – pensava eu – se nós não temos vontade de sair de casa quando estamos em casa é porque devemos continuar em casa! Se nós não temos vontade de conhecer novas pessoas quando já temos um círculo de amizades bastante ativo ao nosso redor, é porque já temos os amigos suficientes que precisamos para tal momento! Não é isso que dizem? Que o que temos no momento presente já tudo o que precisamos?! Logo, pensando desta forma, como se sentir mal por não desejar mais? Sendo nós pessoas gratas, que buscamos viver o caminho do coração, com verdade, fazendo apenas aquilo que temos vontade, não temos porque encarar este nosso comportamento como algo “errado”, temos?
Eu digo que sim, temos. Algo está muito errado. E eu só percebi isso quando comecei a reparar que cada vez que fiz um esforço consciente para aceitar novos convites, amizades e desafios, me flagrei vivendo momentos verdadeiramente incríveis, conhecendo pessoas fantásticas, tendo boas histórias para compartilhar e ainda enxergando em mim um poder surreal para fazer acontecer tudo o que eu quisesse! E foi num desses momentos que eu parei para refletir. Vi que na verdade o que eu vinha fazendo até então, era nada mais nada menos, do que esconder atrás das minhas crenças a minha preguiça em viver novas experiências e poder assim permanecer na minha zona de conforto.
Muitos de nós não temos vontade de buscar por coisas novas, pois acreditamos seriamente que naquele momento nada será melhor que continuar a fazer o que já estamos fazendo. Não conseguimos imaginar que será bom – quem dirá excelente – realizar determinada atividade, talvez porque, algum dia, tenhamos nos submetido a fazer algo por obrigação e sem consciência do porquê de estarmos fazendo. Logo, quando este algo não correspondeu às nossas expectativas, constatamos: “era melhor ter ficado onde eu tava.”
O fato é que, já que nossos desejos reais podem ficar camuflados pelos sentimentos sabotadores, podemos aprender a usar a razão também a favor do coração. Ao sermos convidados pela vida para viver novas experiências, podemos sempre nos questionar: o quão este convite está alinhado com a vida que eu desejo viver? O quão ele está alinhado com quem eu quero ser? Será que realmente os motivos que estou colocando na frente para não fazer tal coisa são válidos, ou são apenas desculpas por preguiça de não sair da onde estou?
Fazer esta real avaliação antes de responder aos convites que recebemos todos os dias, irá nos possibilitar a vivência de experiências únicas, diferentes e (agora sim!) verdadeiramente vividas com o coração! Passaremos a nos sentir mais energizados, mais donos de si, e logo, mais empoderados. Seremos verdadeiros co-criadores de nossa vida, não fazendo apenas o que temos vontade, mas principalmente, sabendo identificar o que nosso Eu maior deseja que façamos neste momento para evoluirmos mais.
E você, já identificou qual convite inusitado da vida vai ganhar a vez hoje?
Imagens: Google
"Eu sou uma buscadora, dando meus passos no universo. Tentando entender, tentando digerir a vida. Eu não quero parar até encontrar de fato tudo o que venho buscando: dar todo o meu amor!"
– Autor desconhecido
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